Projeto Rouanet aprova iniciativa NFT na Amazônia
A recente iniciativa do Ministério da Cultura, chamada Projeto Rouanet Juventude, criou uma lista de espera para alguns projetos culturais, incluindo uma proposta bem interessante que quer lançar um NFT relacionado à Amazônia. O projeto, intitulado “NFTs da Amazônia – Blockchain, Arte e Juventude”, foi apresentado pela empresa CO2LAB+ LTDA, do Pará, e está na fila, aguardando alguma desistência ou desclassificação das propostas já escolhidas.
Para contextualizar, um NFT é um token único que se registra na blockchain, permitindo que o dono comprove a posse de um item digital ou físico. É importante lembrar que no passado, um dos poucos projetos de NFTs na Amazônia passou por uma investigação do Ministério Público Federal devido a suspeitas de golpe sobre investidores. Esses detalhes mostram a importância de uma análise cuidadosa nesse espaço.
A União, em colaboração com a Shell Brasil, selecionou um total de 32 propostas culturais e planeja destinar pelo menos R$ 1,5 milhão por região. Para participar, os proponentes precisavam residir nas áreas beneficiadas e ter equipes formadas por jovens de 15 a 29 anos.
Características das propostas selecionadas no Projeto Rouanet Juventude
As propostas selecionadas mostram uma diversidade interessante. Por exemplo, na região Nordeste, foram aprovadas 14 iniciativas, o que representa quase metade do total. Esses projetos vêm de estados como Pernambuco, Ceará, Maranhão, Bahia, Paraíba e Alagoas. Já no Norte, surgiram 10 projetos, com destaque para Tocantins e Pará, enquanto a região Centro-Oeste contabilizou 8 propostas.
Em termos de categorias, o setor Audiovisual desponta como líder, com 9 propostas aceitas. O campo de Humanidades segue na sequência, com 7 iniciativas, e, depois, temos Artes Cênicas, Música, Artes Visuais, Patrimônio Cultural e Museus. Essa variedade ressalta a riqueza cultural de cada proposta apresentada.
Para Henilton Menezes, secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, o Projeto Rouanet da Juventude não apenas injeta recursos no setor cultural, mas também gera novos investimentos em locais que, historicamente, têm recebido menos apoio estatal. Ele destaca a relevância de democratizar o acesso à cultura e proporcionar oportunidades para jovens em regiões como Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Por sua vez, Glauco Paiva, gerente-executivo de Comunicação da Shell Brasil, reforça que o programa tem grande potencial para transformar a vida de jovens. Com essa nova abordagem, a intenção é criar espaços onde talentos possam ser desenvolvidos e novos caminhos sejam abertos através da arte.
As propostas do programa passaram por uma avaliação rigorosa, olhando critérios como abrangência geográfica, viabilidade técnica e criatividade. As iniciativas que alcançaram uma pontuação mínima foram consideradas para a próxima fase, que envolveu uma análise da aderência à estratégia da marca Shell, onde pontos extras também poderiam ser acrescentados ao score final. A lista final de propostas escolhidas foi divulgada no Diário Oficial da União na última segunda-feira (15).